A LIÇÃO DO AMOR

A LIÇÃO DO AMOR
LEIAM COM ATENÇÃO. NÃO A ALIENAÇÃO PARENTAL. É UM EXEMPLO DE NÃO SE DIFUNDIR O ÓDIO ENTRE NETOS E AVÓS, PAIS E FILHOS.[Walter de Carvalho]
Muitas obras já foram escritas a respeito do ódio entre pessoas, famílias ou comunidades. A literatura celebrizou romances como Romeu e Julieta. A tragédia de um amor com o pano de fundo do ódio de duas famílias.
As telas cinematográficas e as novelas da televisão vitalizam com cores muito vivas dramas em que o ódio passa de geração a geração. O que quer dizer que a criança, ao nascer, passa a ser alimentada com a informação da necessidade de odiar aquele ou aqueles que seus avós e pais odeiam.
Apesar de vivermos o início do Terceiro Milênio, tais fatos não se passam somente nos teatros, filmes ou novelas. Observa­-se que, no cotidiano, existe muito ódio sendo alimentado e  transmitido de pai para filho. Não é de se estranhar, assim, que haja tanta guerra, desentendimento,  discórdia entre os povos. Pois tudo vem do berço.
Desde a gestação, o Espírito que anima o corpo do bebê em formação passa a ser sufocado com as emanações do ódio de que se nutrem os familiares. Pai e mãe em especial. Seria tão mais digno dos que se dizem cristãos que, se não conseguimos perdoar o desafeto, não repassássemos aos nossos filhos tal problema. Se a problemática é nossa, nós a devemos resolver e jamais passá-­la adiante. Mesmo porque, na sequência do tempo, o que era motivo de ódio mortal se dilui.
Por vezes, até os que dizem odiar não recordam com exatidão porque assim procedem. E se desculpam dizendo que são motivos graves, de épocas anteriores à sua, que a questão é familiar, etc.
Recentemente, pudemos observar um caso que nos emocionou. Um jovem de família abastada, casou-­se com uma jovem pobre e sem nome de família expressivo. Contrariada, a mãe do rapaz o deserdou e ele partiu para outras paragens  para refazer sua vida. Construiu seu lar sobre bases de honestidade e trabalho e repassou tais  valores para sua filha. Morrendo muito jovem, deixou a viúva com poucos recursos. Ela, por sua vez, não se intimidou. Trabalhou e educou a filha. Certo dia, a avó as procurou desejando ver a neta. Receosa, temia que a  nora houvesse envenenado a menina contra ela. Qual não foi sua surpresa ao ser abraçada pela neta de oito anos, e  ouvir da sua boca: Vovó, que bom que a senhora veio! Queria tanto conhecer você. Minha  mãe sempre diz que a senhora é uma pessoa muito boa, como meu pai. Durante anos, a mãe simplesmente passara para a garota a lição do amor.  Consciente de que as questões que diziam respeito a ela e seu marido não deveriam prosseguir no tempo. A lição de amor comoveu a velha avó, que retornou ao seu lar após a  visita, para repensar a própria atitude.
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Walter de Carvalho contextualizando de Momento de Reflexões, Redação do Momento Espírita. Disponível no CD Momento Espírita, v. 3,  ed. FEP.

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