PERDÃO
DE MÃE
* * *
Perdoar aos inimigos é pedir perdão para si próprio; Perdoar aos
amigos é dar-lhes uma prova de amizade; perdoar as ofensas é
mostrar-se melhor do que era.
(...)Se
fordes duros, exigentes, inflexíveis, se usardes de rigor até por
uma ofensa leve, como querereis que Deus esqueça de que cada dia
maior necessidade tendes de indulgência?(. . .)
Trabalhemos
pelo perdão. Aprendamos como perdoar, dia após dia, experiência
após experiência.
* * *
PARA REFLEXÃO
A notícia
chocou todos os habitantes da pequena República de Palau, na
Micronésia. Um casal e seu filho, assassinados dentro de sua própria
casa, por um homem de nome Justin, que buscava apenas alguns bens de
consumo para roubar.
O funeral
de Ruimar de Paiva e sua família foi acompanhado por cerca de
quatrocentas pessoas na cidade de Koror, entre elas o Presidente da
República, profundamente abalado. Um evento, porém, marcou para
sempre a vida daqueles habitantes. Presentes estavam a mãe de
Ruimar de Paiva e, também, a mãe do assassino.
Dona Ruth
de Paiva, profundamente emocionada, ao fazer um pronunciamento aos
presentes, pede a presença da mãe de Justin ao seu lado. As
pessoas ficam em silêncio, quase sem respirar, imaginando o que
poderia acontecer naquele momento. Dona Ruth, trêmula, pega nas mãos
da outra mãe, levanta-as em direção aos presentes, e afirma:
"Aqui
estão duas mães... Estou certa de que a mãe de Justin orou muitas
vezes por seu filho, e estou certa de que seu coração está
terrivelmente ferido. A Sra. de Paiva contém as lágrimas, e
termina dizendo: Eu apenas desejo dizer à mãe de Justin que
estarei orando por ela... E por Justin."
Segundo
declaração do Presidente da República de Palau, que assistiu à
cerimônia fúnebre, a habilidade da Sra. Paiva em perdoar, permitia
à nação começar um processo de cura. Disse ainda que perdoar,
quando o incidente é tão recente, ajudou muitas pessoas a olharem
além da tragédia, e verem que podemos nos perdoar e viver juntos.
* * *
Você
seria capaz de perdoar, passando por uma situação dessas? É
natural que a resposta da maioria de nós seja negativa. O perdão
ainda se faz difícil no coração das almas da Terra. Mas exemplos
como este, que felizmente já são muitos neste mundo, vêm nos
dizer que é possível, que somos capazes de perdoar. A busca de uma
vida mais feliz nos leva pelo caminho do perdão, sem dúvida
alguma. Sem esquecer as mágoas, sem abandonar a vingança, não
encontraremos dias melhores, tal qual sonhamos. Ninguém consegue
alçar voos, carregando o peso do ressentimento no Espírito. Perdoar
é nos libertar da angústia, do medo, do ódio. Quem perdoa
compreende a justiça de Deus, que tudo vê e que nos faz sempre os
únicos responsáveis por nossos atos. Quem perdoa encontra uma nova
forma de amar, a da compaixão, que vê o agente do mal como alguém
que sofre, e precisa de ajuda.
* * *
Walter de
Carvalho contextualizando de Redação do Momento Espírita com base
em notícia publicada em vários jornais, em 6 de janeiro de 2004, e
no cap. X, do livro O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan
Kardec, ed. FEB- Disponível no cd Momento Espírita v. 18, ed. Fep
Em 09.05.2012
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