SE EU
TIVESSE...
Vivamos
com a sensação de estar fazendo o melhor que pudermos para que, um
dia, quando chegar a nossa hora de partir, não precisemos dizer para
nós mesmos: “SE EU TIVESSE...” QUE NOS ARREPENDAMOS DE VERDADE E
NÃO POR MERA CONVENIÊNCIA OU SENTIMENTO DE CULPA. LEIAM COM ATENÇÃO
E PENSEM NISSO! [Walter de Carvalho]
Se eu
tivesse falado do amor que sentia, se eu tivesse perdoado,
aconselhado, se eu tivesse me calado... Estas são afirmativas que
costumam fazer parte dos nossos pensamentos em alguns momentos da
vida. Diante da perda de um ente querido ou no momento em que sabemos
estar próxima a nossa partida para a Pátria Espiritual, a sensação
de que se poderia ter feito muito mais, é causa de uma das grandes
dores do ser humano. Pensamos que poderíamos ter sido mais
cuidadosos nos relacionamentos com os amigos e amores, ter nos doado
mais ao próximo, realizado aquele sonho... ou simplesmente
poderíamos ter amado mais. O arrependimento pelo bem que não foi
feito é doloroso. Conveniente seria se vivêssemos a vida sem
precisar de um dia empregar essas frases, que demonstram que algo
poderia ter sido feito e que agora, não mais nos é possível
fazê-lo.
Muitas
vezes justificamos o abandono de um objetivo por não termos as
condições que julgamos ideais para cumpri-lo. Dizemos a nós mesmos
que não temos o dinheiro ou o tempo suficiente, o poder ou a
autoridade, que não temos coragem ou disposição, que somos velhos
demais ou jovens demais ou que temos saúde de menos. Essas
afirmativas apenas demonstram o nosso desânimo frente às situações
que a vida nos apresenta. Colocamo-nos facilmente na condição de
depender de algo ou de alguém para agir, quando toda ação depende
exclusivamente da nossa própria vontade.
* * *
Tenhamos
coragem e entusiasmo para fazer o que consideramos correto, para agir
de acordo com o que a nossa própria consciência nos orienta e para
fazer o que for preciso em defesa dos nossos sonhos. Obstáculos
sempre serão encontrados e dificuldades pessoais todos nós as temos
pois fazem parte do estágio evolutivo em que nos encontramos. Com
coragem, paciência e disciplina seremos capazes de vencer as
dificuldades. Quando nos mantemos ligados a Deus, sentindo-O em nosso
íntimo, qualquer objetivo que nos propusermos a alcançar não nos
parecerá distante e encontraremos a força necessária. Seja a
realização de uma grande obra ou apenas um pedido sincero de perdão
a alguém que estimamos, se não tivermos coragem, acabaremos por
deixar esquecida a nossa vontade. Diante da história de nossas
vidas, olhemos para trás para perceber o quanto já aprendemos, o
quanto já crescemos. E, no caso de constatar que não fizemos as
melhores escolhas ao longo da nossa jornada, que usamos mal a
liberdade que Deus nos concedeu para escolher os próprios caminhos,
não deixemos o desânimo se instalar. Sempre há uma boa lição a
ser retirada das experiências vividas. É hora de caminhar com fé e
entusiasmo no coração. Hora de fazer renascer a esperança, deixar
germinar a coragem e enxergar que somos capazes de realizar esse ou
aquele feito. A coragem nos impulsiona a agir.
Redação
do Momento Espírita. Em 28.03.2012.
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