ONDE ESTÁ MINHA FILHA - REENTRADA NO MUNDO DOS ESPÍRITOS

ONDE ESTÁ MINHA FILHA?
***REENTRADA NO MUNDO DOS ESPÍRITOS! LEIAM COM ATENÇÃO O CASO DESTA MÃE QUE PERDEU A FILHA DE 32 ANOS. RESPOSTA DO DR. RICARDO DI BERNARDI - MÉDICO E MÉDIUM DO INSTITUTO DE CULTURA ESPÍRITA DE FLORIANÓPOLIS.***por Walter de Carvalho**  extraído do FORUM ESPÍRITA em 16/07/2016 De Itália, Regina Zanetti. PERGUNTA: "Gostaria que o Dr. Ricardo Di Bernardi me esclarecesse. Estou confusa. Perdi minha filha aos 32 anos, no mês de Agosto, e foi um sofrimento horrível, tanto para mim como para ela. Ela estava no hospital, lúcida, mas toda entubada e olhava para mim, chorava muito, querendo conversar comigo e não podia. Eu só podia ficar 20 minutos lá e ela morreu sozinha, longe de mim e sem conseguir falar comigo. Estou arrasada, muito deprimida, porque ela era alegre, cheia de vida, muito brincalhona e enchia a minha casa de alegria. Agora tudo está vazio e solitário. Eu queria saber onde estará a minha filha, pois não consigo nem sonhar com ela. E isso atormenta-me, porque não concordo que ela tenha simplesmente desaparecido. Por favor, doutor, esclareça-me: onde está a minha filha? Não aguento mais de tanta dor e de não ter podido ao menos falar com ela, ouvi -la, dar-lhe a mão, estar ali ao lado dela quando ela mais precisou de mim".

RESPOSTA DE Dr. Ricardo Di Bernardi*  "Sem dúvida, qualquer um de nós fica muito triste ao acompanhar o sofrimento de um filho. Antes de tudo, o nosso profundo respeito pela sua dor. No entanto, a doutrina espírita não se propõe apenas consolar, mas esclarecer. O que diremos a seguir não é fruto de crença, não é fruto de uma fé cega, ao contrário, é decorrente da longa experiência de 40 anos de convivência estreita e assídua com o mundo extrafísico.
Inicialmente, reforço a sua questão, quando perguntou: "Onde está minha filha?" De fato, ela continua a existir. Ela está muito mais viva agora do que há pouco tempo atrás. Não simplesmente acreditamos na vida após a morte, sabemos isso. Acreditar é uma palavra ou uma expressão frágil que dá ideia de crer pela fé. 
Desde os 14 anos, portanto há mais de 40 anos, participamos em sessões mediúnicas uma ou duas vezes por semana onde dialogamos com aqueles que continuam a viver na outra dimensão da vida.  A vida no mundo extrafísico é intensa, constatamos isso constantemente. 
À medida que se aproxima o momento da "morte" - morte entre aspas, pois não existe morte no sentido de término da vida, mas simplesmente passagem desta dimensão, isto é, continuidade da vida em outra dimensão da realidade - nossos amigos, que já estão na pátria espiritual, assim como os nossos parentes, protetores espirituais, ou seja, os populares "anjos da guarda", nos momentos que antecedem o desenlace físico, estão em intenso trabalho para nos receber.
Sim, muito se trabalha e se organiza: moradia, roupas, alimentação (o corpo astral gasta energia e necessita repô-las), reencontros a serem programados, enfim um infinidade de planos para que a sua filha se sinta bem, e tenha um bom desenvolvimento de suas potencialidades mentais, emocionais e espirituais.
Um dia, a nossa chegada lá será semelhante ao que aconteceu com a sua filha, seremos encaminhados pra locais de recuperação, refazimento das forças do nosso corpo espiritual que necessitará repouso por algum tempo. As moléculas, células, tecidos e órgãos que compõem a estrutura do corpo espiritual, por algum tempo, podem manter as impressões de desgaste pelo trauma de uma passagem mais delicada. 
Tal situação requer alguma atenção dos encarregados de receberem a sua filha, mas, isto é por pouco
tempo, logo se passa a conviver socialmente na nova cidade do mundo espiritual. A nossa chegada lá
será bem recebida como deve ter acontecido com a sua filha. A alegria daqueles que lá estão, em
voltar a conviver no dia-a-dia, de a poder abraçar, estudar e trabalhar na nova comunidade, é muito
belo de se observar. São muito organizadas as Colônias Espirituais, ela vai gostar. E a senhora, mãe, como fica? Por que não pode estar com ela nos momentos finais? Uma das mais frequentes situações para quem está a partir ("a morrer"), a libertar-se do sofrimento físico, prestes a respirar o ar puro do mundo espiritual, sentir o perfume das flores nos jardins da nova realidade e libertar-se das dores físicas do mundo material para caminhar agradavelmente sobre a relva existente lá onde seremos recebidos... Sabe o que mais é capaz de atrapalhar? A força magnética, dos que aqui ficam a atrair de volta o Espírito para o local do sofrimento. Os chamados fluidos gravitantes (que puxam como se fosse força da gravidade). A força mental dos que aqui ficam a pensar: Volta! Volta! Não me abandones, fica aqui! Esta energia, esta vontade mesmo com a melhor das intenções, pode prender o Espírito ao quase já cadáver. Muitos mantêm-se ligados ao corpo, aumentando o tempo de sofrimento e de dor, prolongando a transição dolorosa da morte porque os parentes que amam doam energia vital, captada pelo corpo etérico do doente terminal e vitalizam os órgãos fixando o corpo etérico e impedindo a saída do corpo espiritual. Talvez se você estivesse lá no momento do desenlace teria, com o seu amor associado à desinformação, teria prendido a sua filha mais tempo ao sofrimento. Enfim ela está livre da dor, ela pode refazer-se para logo muito trabalhar, estudar e conviver num mundo organizado e cheio de harmonia. E agora, o que fazer?  Agradeça aos Espíritos protetores pelas informações que está a ter. A grande maioria da humanidade não sabe nada sobre a vida espiritual. Imaginam infernos dantescos, ou céus de inatividade e inutilidade. Outros, como as religiões lhes bloquearam o raciocínio, anestesiaram o direito de pensar e investigar o mundo espiritual, deixaram de acreditar, e consideram que tudo acabou. Compare com o que já sabe e, como todos nós, façamos por merecer este conhecimento e consolo. Continue a amar a sua filha. Mas amar não é possuir, amar é deixar viver (como isto é difícil...). Amar não é exigir a presença dela, não é cobrar da lei divina, da lei cósmica, porque não está ela aqui ao seu lado. Ame sem enviar energias de
desespero de queixa, de inconformação. Envie energias de paz, de alegria por ter convivido muitos anos com ela. Lembre-se dela a sorrir, dela a brincar como criança, dela alegre como adolescente,
inteligente como adulta... A sua atuação como mãe não terminou, as suas energias podem ajudá-la, desde que não a chame. Um abraço fraterno!
* Dr. Ricardo Di Bernardi é médico e colabora com o Instituto de Cultura Espírita de Florianópolis.
** Walter de Carvalho é economista, bacharel em Ciências Econômicas e Direito, professor em Cursos de Graduação e Pós-graduação, participante de diversos Congressos e Seminários e colabora no Movimento Espírita, como pesquisador, escritor, palestrante e médium há mais de meio século.

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