A DOR

A DOR
Walter de Carvalho em 26 de fevereiro de 2015 ·

“Procuremos espalhar flores pelos caminhos que percorremos hoje. Enquanto nos curvamos para juntar as pedras que espalhamos ontem, deixemos no solo as sementes das boas obras, que florescerão e frutificarão logo mais. Assim, numa amanhã feliz, sentiremos um suave perfume a nos invadir a alma. E veremos a estrada iluminada pelos nossos atos dignos. E a dor? A dor fará parte de um passado do qual não faremos questão de lembrar.”

LEIAM COM ATENÇÃO E COLOQUEM SUAS DORES DE VEZ NO PASSADO! TENHAMOS SEMPRE ATOS DIGNOS! ESSA SERÁ NOSSA HERANÇA QUANDO PARTIRMOS PARA O OUTRO PLANO! SOMOS HERDEIROS DE NÓS MESMOS E FRUTO DE NOSSAS PRÓPRIAS ESCOLHAS! PORTANTO, OLHEMO-NOS NO ESPELHO E VEJAMOS SE GOSTAMOS DO QUE ESTAMOS VENDO! CONHEÇA-SE A SI MESMO E MELHORE-SE! [Walter de Carvalho]

Quem é que nunca sentiu dor? Pelo menos algum tipo de sofrimento todos nós já experimentamos. Mas, como tem sido o nosso comportamento diante da dor? Naquele dia, quando três cruzes foram erguidas no calvário, três dores haveriam de ser sentidas. Uma era a dor de Dimas, o chamado bom ladrão. A outra, do segundo malfeitor que estava ao outro lado de Jesus. E a terceira, era a dor do injustiçado.
Cada um, por sua vez, enfrentou a dor daquele momento com uma disposição íntima toda própria. A dor do bom ladrão era a dor do arrependimento. Dor de quem aceita a cruz por saber merecê-la e não reclama por tê-la como suplício. Já a dor do outro era a dor da revolta, do orgulho ferido, de quem não aceita a cruz por achar-se vítima de uma sociedade, a quem lança a culpa pelos seus desatinos.
Mas a dor do Cristo era a dor de quem sabia que o verdadeiro sofrimento estava no porvir. Era a dor do incompreendido. Daquele que, por tanto amar, recebeu a cruz injusta. Jesus, em momento algum blasfemou contra o madeiro que carregava sobre os ombros feridos. Sabia por antecipação, que Suas lições e Seus exemplos ficariam para a eternidade. O Mestre sabia que a lição da cruz seria importante para ensinar o Seu rebanho a enfrentar o sofrimento, ainda quando parecesse injusto. "Meu reino não é deste mundo". "A felicidade não é deste mundo".
Lembrando os ensinos do Mestre de Nazaré, perceberemos que ele não nos prometeu venturas na Terra. O Reino de Deus, do qual ele tanto falou, não alcançaremos aqui. Ensinou, também, que na casa do Pai há muitas moradas e que ele iria nos preparar o lugar. Quis com isto dizer que outras moradas mais ditosas esperam por nós, após vencidas as etapas da vida na Terra.
A Terra, portanto, se assemelha a uma escola destinada a nos ensinar as primeiras lições. Tão logo estejamos preparados, outras escolas estarão à nossa disposição, e assim, sucessivamente, até conquistarmos o diploma da perfeição relativa que nos cabe. Três cruzes, três dores!
Quando a cruz se fizer sentir em seus ombros já macerados pela dor, lembre-se daquele que a suportou com serenidade no olhar, mesmo sabendo ser inocente. Lembre-se, ainda, que a estrada por onde segue com os pés dilacerados pelas pedras, é a mesma estrada que ontem trilhou com o sorriso da irresponsabilidade e do desleixo.
Tenha sempre em mente que Deus é justo. Que você não é vítima do acaso. E que se não encontra a causa do sofrimento nesta existência, ela certamente estará oculta pelo véu do esquecimento, mas, ainda assim, é uma conquista sua.
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Walter de Carvalho contextualizando de Equipe de Redação do Momento Espírita, com base na mensagem "As três dores" do livro Em Torno do Mestre, de Vinícius.

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